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quarta-feira, 12 de novembro de 2014

A Ordem - Edição Final

TIDIR

TIDIR (Trabalho interdisciplinar dirigido)sistema adotado pelo Centro Universitário UNA tem por objetivo incentivar os trabalhos em grupo, além de compor boa parte da nota em cada disciplina. A cada semestre é escolhido um tema para o desenvolvimento do trabalho. 

Neste segundo semestre de 2014, temos produzir uma produção de uma fotonovela, dentro do tema cenários brasileiros”. O objeto de estudo escolhido foi censura no jornal impresso, e o estilo foto novelístico foi o foto-crime.Para melhor desenvolvimento do trabalho e facilidade de avaliação dos professores durante o semestre foi pedido que fizéssemos um blog. E aqui está o nosso.

Pesquisa sobre Fotonovela

  1. A FOTONOVELA 
Segundo o dicionário o termo fotonovela significa ' "História romanesca apresentada sob a forma de fotos acompanhadas de textos integrados às imagens2  Ou seja uma história contada com algumas fotos que representam toda a ação, ela lembra em muito o mangá japonês e a HQ americana. 

Surgida na Itália pós- Segunda guerra mundial, as fotonovelas como disse no parágrafo anterior vieram do cinema, como nos explica melhor Sampaio (2008). 

A fotonovela nasceu na Itália do pós-guerra, como subproduto do cinema: as primeiras publicações nesse formato (fotos e legendas mostrando as falas dos personagens) foram cartazes de filmes. Os estúdios usavam fotogramas cortados na edição dos filmes para montar seus cartazes e anúncios publicitários, que traziam como que um pequeno resumo do filme.  Por isso, em fotonovelas das décadas de 1950 e 1960, não é raro reconhecer o rosto de estrelas do cinema europeu, principalmente o italiano. (SAMPAIO,  2008, p. 10) 

Segundo Sampaio (2008), as fotonovelas chegaram ao Brasil na década de quarenta, mas só vieram a fazer o sucesso conhecido cerca de trinta anos depois na década de setenta em meio a ditadura militar a propósito.  

No segundo semestre de 1970, as revistas que publicavam fotonovelas no Brasil ocupavam o segundo lugar em tiragem e circulação, perdendo apenas para as revistas em quadrinhos infantis:  Capricho, da Editora Abril, tinha uma circulação média quinzenal  de  211.400  exemplares,  enquanto  Tio  Patinhas, Mickey  e  Pato  Donald,  publicados  pela  mesma  editora,  tinham  uma  circulação média  periódica  de  cerca  de  400  mil  exemplares.  Mas se forem somadas as tiragens de  todas  as  revistas  de  fotonovela  da  época,  as  cifras  mensais ultrapassam um milhão de exemplares. (SAMPAIO, 2008, p. 10) 

Sampaio (2008, p.10) ainda nos diz que: "Apesar de toda essa presença na cena editorial brasileiraa fotonovela nunca foi considerada uma leitura séria (embora fosse, obviamente, um negócio muito sério para as empresas produtoras das revistas)"Ou seja ela era apenas mais uma com o papel de entreter as multidões. 

Ceia 3nos explica a seguir a narrativa de uma fotonovela e como ela ocorre: 

A articulação narrativa da fotonovela é semelhante à da banda desenhada: um fotograma que apresenta um plano da acção acompanhado do texto verbal que reproduz o discurso das personagens, funcionando também como legenda ou resumo. O encadeamento da acção é lógico e cronológico, utilizando-se muitas vezes o recurso à elipse. A acção é, muitas das vezes, arrastada ao longo de vários números de uma revista o que aproxima a fotonovela do romance-folhetim do séc. XIX e do folhetim radiofónico. O narrador desempenha um papel importante na fotonovela uma vez que, para além de elucidar o leitor sobre a acção, enuncia também juízos de valor, ilações de teor moral, justificações sobre o comportamento das personagens e controla a acção, retardando-a e alongando-a. A linguagem utilizada nas fotonovelas é, normalmente redundante e expositiva para evitar a possibilidade de dúvidas ou conflito. Relativamente à fotografia nem sempre as fotonovelas possuem grande qualidade uma vez que a preocupação do consumo rápido e imediato das revistas e a preocupação do lucro fácil sobrepõem-se a uma maior noção artística. Os planos e os enquadramentos utilizados nas fotografias são quase sempre retirados do cinema. 4 

Sampaio(2008) nos explica por que as fotonovelas vieram a fazer sucesso no mundo feminino: 
Não se pode esquecer também que a fotonovela fazia parte de um impresso maior, a revista, geralmente caracterizada como “feminina” em função dos temas abordados: moda, culinária, beleza, cuidados domésticos e tantos outros assuntos rotulados como pertencentes ao universo feminino. As revistas classificadas como femininas(SAMPAIO, 2008, p. 99) 

Dentre as principais revistas femininas se destacavam as denominadas “Capricho” (FIGURA 01), “Sétimo Céu” (FIGURA 02) 

    FIGURA 01- Capricho   FIGURA 02- Sétimo Céu  
  ImagemImagem 
 Fonte: http://asfotonovelas.blogspot.com.br/ 

Ambas com romances que deixavam as mulheres da época loucas querendo saber o próximo capítulo das históriasPodemos perceber que a cultura de assistir novela vem a bastante tempo na história brasileira. 

A queda das fotonovelas se deu em meados da década de oitenta como nos diz Baldasso (2010) 

Em 1980, ainda circulavam exemplares de fotonovelas, mas com a ascensão da televisão e outras manifestações de massa, cada vez mais diversificadas, começa o declínio dessas revistas, deixando de ser o centro das atenções do público leitor. Embora a revista ‘TV sucesso’ da editora Bloch, tenha criado a ‘fatonovela, baseada em fatos reais, revistas como a “Cartaz” da Editora Rio Gráfica, ‘Amiga’, da Bloch, e ‘Intervalo’ da Abril, passaram a tratar de sua sucessora, a telenovela.5 

Mesmo não sendo muito conhecidas pela geração atual as fotonovelas fazem parte da cultura e história brasileira, que se destaca hoje no mundo por suas novelas, que evoluíram primeiramente através do rádio, passando para os folhetins e logo depois para a televisão.

Referencias Bibliográficas

BALDASSO, Vagner, AS FOTONOVELAS: Uma história de ascensão e queda. 2010. Disponível em:< asfotonovelas.blogspot.com/p/acervo-de-vagner-baldasso.html>. Acesso em: 20 ago. 2014.  

CEIA Carlos. E-DICIONÁRIO DE TERMOS LITERÁRIOS 
DISPONÍVEL EM: <http://www.edtl.com.pt/index.phpoption=com_mtree&link_id=213:fotonovela&task=viewlink 
Acesso em: 20 ago. 2014.  




SAMPAIO, Isabel Silva, PARA UMA MEMÓRIA DA LEITURA: A fotonovelas e seus leitores. 2008. 287f. Dissertação (Tese Doutorado) (Educação), Universidade estadual de Campinas Faculdade de educação, Campinas 2008. 


Termo fotonovela. Disponível em:<http://www.dicio.com.br/fotonovela/>. Acesso em 22 set. 2014.  



segunda-feira, 27 de outubro de 2014

O FotoBoard


Visando o dia de fotografarmos o trabalho nos foi orientado, fazer um storyboard ou um fotoboard, sendo assim decidimos fazer um fotoboard que segue abaixo:






 


























segunda-feira, 22 de setembro de 2014

As fotonovelas

Fotonovela 
Segundo o dicionário o termo fotonovela significa ' "História romanesca apresentada sob a forma de fotos acompanhadas de textos integrados às imagens" . Ou seja uma história contada em formato de filme ou melhor em formato de cinema com uma diferença básica apenas alguns frames da narrativa são destacados, e por serem impressos estes frames não contem som, para resolver este problema são colocados pequenos balãozinho para que sejam feitos os diálogos. 
Surgida na Itália pós primeira guerra mundial, as foto novelas como disse no paragrafo anterior vieram do cinema, como nos explica melhor SAMPAIO,2008: 

A fotonovela nasceu na Itália do pós-guerra, como subproduto do cinema:  
as primeiras publicações nesse formato (fotos e legendas mostrando as falas dos  
personagens) foram cartazes de filmes. Os estúdios usavam fotogramas cortados  
na  edição  dos  filmes  para  montar  seus  cartazes  e  anúncios  publicitários,  que  
traziam  como  que  um  pequeno  resumo  do  filme.  Por  isso,  em  fotonovelas  das  
décadas de 1950 e 1960, não é raro reconhecer o rosto de estrelas do cinema  
europeu, principalmente o italiano. (SAMPAIO, Isabel Silva, 2008, p. 10) 


As fotonovelas chegaram ao brasil na década de quarenta mas só veio a fazer o sucesso conhecido cerca de trinta anos depois na década de setenta em meio a ditadura militar a propósito,  como destaca SAMPAIO,2008: 
No segundo semestre de 1970, as revistas que publicavam fotonovelas no  
Brasil ocupavam o segundo lugar em tiragem e circulação, perdendo apenas para  
as  revistas  em  quadrinhos  infantis:  Capricho,  da  Editora  Abril,  tinha  uma  
circulação  média  quinzenal  de  211.400  exemplares,  enquanto  Tio  Patinhas,  
Mickey  e  Pato  Donald,  publicados  pela  mesma  editora,  tinham  uma  circulação  
média  periódica  de  cerca  de  400  mil  exemplares.  Mas se  forem  somadas  as  
tiragens  de  todas  as  revistas  de  fotonovela  da  época,  as  cifras  mensais  
ultrapassam um milhão de exemplares. (SAMPAIO, Isabel Silva, 2008, p. 10) 

SAMPAIO ainda nos diz que: "Apesar  de  toda  essa  presença  na cena  editorial  brasileira, a  fotonovela nunca foi considerada uma leitura séria (embora fosse, obviamente, um negócio muito sério para as  empresas  produtoras  das  revistas)."Ou seja ela era apenas mais uma com o papel de entreter as multidões. 
Foto novela como gênero CEIA nos diz que : 
"A articulação narrativa da fotonovela é semelhante à da banda desenhada: um fotograma que apresenta um plano da acção acompanhado do texto verbal que reproduz o discurso das personagens, funcionando também como legenda ou resumo. O encadeamento da acção é lógico e cronológico, utilizando-se muitas vezes o recurso à elipse. A acção é, muitas das vezes, arrastada ao longo de vários números de uma revista o que aproxima a fotonovela do romance-folhetim do séc. XIX e do folhetim radiofónico. O narrador desempenha um papel importante na fotonovela uma vez que, para além de elucidar o leitor sobre a acção, enuncia também juízos de valor, ilações de teor moral, justificações sobre o comportamento das personagens e controla a acção, retardando-a e alongando-a. A linguagem utilizada nas fotonovelas é, normalmente redundante e expositiva para evitar a possibilidade de dúvidas ou conflito. Relativamente à fotografia nem sempre as fotonovelas possuem grande qualidade uma vez que a preocupação do consumo rápido e imediato das revistas e a preocupação do lucro fácil sobrepõem-se a uma maior noção artística. Os planos e os enquadramentos utilizados nas fotografias são quase sempre retirados do cinema."( CEIA, Carlos,2014) 

Apesar de não ser considerada uma leitura séria as fotonovelas ficou cerca de 25 anos nas bancas brasileiras, levando histórias que emocionavam muitos leitores e leitoras principalmente(a grande maioria das histórias contadas em fotonovelas eram romances, por isto seu maior número de leitores eram as mulheres). 
Dentre as principais revistas femininas se destacavam as denominadas “Capricho” (ilustração 1), “Sétimo Céu” (ilustração 2) 
  ImagemImagem 
  
Ambas com romances que deixavam as  mulheres da épocas loucas querendo saber o próximo capitulo das estórias. Da para  concluir assim que é da cultura do povo brasileiro ler  assistir e ouvir novelas. 
A queda das fotonovelas se deu em meados da década de oitenta como nos diz BALDASSO:  

Em 1980, ainda circulavam exemplares de fotonovelas, mas com a ascensão da televisão e outras manifestações de massa, cada vez mais diversificadas, começa o declínio dessas revistas, deixando de ser o centro das atenções do público leitor. Embora a revista “TV sucesso” da editora Bloch, tenha criado a “fatonovela”, baseada em fatos reais, revistas como a “Cartaz” da Editora Rio Gráfica, “Amiga”, da Bloch, e “Intervalo” da Abril, passaram a tratar de sua sucessora, a telenovela.( BALDASSO, Vagner, 2010) 

Mesmo não sendo muito conhecida pela geração atual as fotonovelas fazem parte da cultura e história brasileira, que se destaca hoje no mundo por suas novelas, que evoluíram primeiramente através do rádio, passando para os folhetins e logo depois para a televisão. 

Referencias bibliográficas 
BALDASSO, Vagner, AS FOTONOVELAS: Uma história de ascensão e queda.2010. 7f. Dissertação, Histórico que faz parte da Monografia do Curso de Artes Visuais - UPF

CEIA, Carlos . E-DICIONÁRIO DE TERMOS LITERÁRIOS.  
Acesso em: 20 ago. 2014.  

SAMPAIOIsabel Silva, PARA UMA MEMÓRIA DA LEITURA: A fotonovelas e seus leitores. 2008. 287f. Dissertação (Tese Doutorado)(Educação), Universidade estadual de Campinas Faculdade de educação, Campinas 2008. 
Termo fotonovela 
Disponível em: 
Acesso em 22/09/14